FME Educação humanizada como formação para a vida

Na tarde desta quinta-feira (29) foi realizado um debate temático que tratou sobre as formas de transformar o ensino em uma atividade prazerosa e que não se detenha somente aos bancos escolares: “Escola, vida e educação humanizadora”. Os debatedores foram o professor Celso Ilgo Henz, do Centro de Educação da Universidade Federal de Santa Maria, e Carmem Duran, do Seminário Galego de Educação para a Paz – Cultura de Paz, da Espanha.

Sobre o tema do debate, Celso, que é Doutor em Educação, primeiramente falou que nunca se deve menosprezar valores. Ele deu o exemplo de uma criança, que mesmo com pouca idade já carrega uma carga de conhecimentos e que pode perfeitamente transmitir-los aos que estão ao seu redor. “Este é o primeiro ensinamento para se humanizar a educação: Nunca menosprezar o saber, a linguagem, semântica e a sintaxe de uma criança, por mais atrapalhadas que elas possam parecer”, comentou.

Segundo ele, no mundo moderno a internet tem representado uma gama muito grande de ensinamentos. A todo momento milhões de informações se tornam acessíveis a todos, mas uma sala de aula, além de conhecimento, traz afeto, abraços, carinho e convivência, coisas que não são encontradas na grande rede de computadores. São estas características que precisam ser incorporadas às salas de aula. Ele ressalta a convivência entre educadores e alunos para o efetivo processo da educação.

Cinco foram as dimensões enumeradas por Celso para humanizar o saber: a ética política dos homens, a técnico – científica, epistemológica, estético – afetiva e a dimensão pedagógica. Todos estes pontos levam para a caminhada conjunta entre professores e alunos, partindo de saberes e conhecimentos destes. “Sejamos pedagogos, mas façamos da escola um lugar para sermos felizes. Não eduquemos para o futuro, mas vivamos no presente o que queremos para mais tarde”, ressaltou.

A atividade levantou o público, que interagiu com os debatedores através de perguntas e aplausos. Ele ainda chamou os professores para que façam bem feito seu trabalho de educar, que o ensino dos conhecimentos específicos seja realizado de forma mais calorosa, fazendo com que professores e alunos andem de mãos dadas. “Se fizermos nosso trabalho desta forma algum dia teremos o reconhecimento de nossa profissão quase que de forma natural”, encerrou.

Carmem fala sobre integração entre educação e economia solidária

Dentro do Eixo II: Educação, Inclusão e Cultura Emancipatória, no debate “Escola, vida e educação humanizadora”, Carmem Duran comentou suas experiências na busca por uma educação que coloque a economia solidária dentro de ensinamentos escolares e que sirvam para a vida. Também falou sobre o diálogo e o relacionamento como formas de aceitação entre as pessoas, fatores que contribuem para uma educação horizontal, onde todos tenham voz.

Os temas tratados pela debatedora foram comparados à economia solidária, e como ela, ressaltam a necessidade de se conhecer companheiros e companheiras com os quais as pessoas se relacionam diariamente. “Uma educação humanizadora depende de todos nós e é importante para todo nosso entorno de mundo”. Destacou. Além deste, outros cinco debates foram realizados nesta quinta-feira no Centro Desportivo Municipal. Todos os debates foram antecedidos por apresentações culturais, promovidos por alunos de escolas de Santa Maria.

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